O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se encontrou na manhã desta terça-feira (18/2) com índios representantes de 23 etnias, em cerimônia de hasteamento da bandeira nacional, e defendeu novamente a regularização de mineração e a geração de energia elétrica em terras indígenas. O ato ocorreu em frente ao Palácio da Alvorada. Bolsonaro enviou ao Congresso um projeto de lei que trata do assunto.
“O índio não pode ficar dentro da sua terra como se fosse um ser humano pré-histórico, ele é igual a nós, estão querendo pedir para garimpar, plantar, arrendar terras, explorar o turismo", apontou Bolsonaro, emendando que a proposta passou por meses de elaboração nas mãos do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Ele ressaltou, no entanto, que a decisão final caberá ao Parlamento.
“A decisão é do Parlamento, eu faço a minha parte. Inclusive eu estou regulamentando o artigo 231 da Constituição Federal. Então está escrito na regulamentação que os indígenas têm direito sobre a propriedade", disse.
O chefe do Executivo ainda criticou a postura de países que ofereceram ajuda financeira para a Amazônia.
"Queriam que eu me submetesse ao presidente da França [Emmanuel Macron] em troca de migalhas", afirmou, depois de criticar ONGs que atuam na região. "E é para parar com esta história de outros países de dizer que a nossa soberania na Amazônia é relativa”, concluiu Bolsonaro.