Ligado ao gabinete de Flávio quando este era deputado estadual do Rio de Janeiro e investigado por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Franco, Nóbrega foi assassinado no domingo passado (9/2), em Esplanada (BA).
No tuíte, Flávio Bolsonaro manifestou preocupação com a cremação do corpo do ex-policial. "DENÚNCIA! Acaba de chegar a meu conhecimento que há pessoas acelerando a cremação de Adriano da Nóbrega para sumir com as evidências de que ele foi brutalmente assassinado na Bahia. Rogo às autoridades competentes que impeçam isso e elucidem o que de fato houve", escreveu.
A mãe e irmãs de Nóbrega pretendiam cremar o corpo na manhã desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, mas a cerimônia foi impedida pela Justiça fluminese, sob argumento de que novos exames podem ser necessários para elucidar a morte.
Milícia
Em janeiro do ano passado, Adriano foi considerado foragido durante a Operação Intocáveis, desencadeada pelo MPRJ e as polícias Militar e Civil para prender integrantes de uma organização criminosa que agia na zona oeste do Rio de Janeiro. Na época, as investigações apontavam que os integrantes de uma milícia atuavam nas comunidades de Rio das Pedras, da Muzema, da Tijuquinha e adjacências.
Após a operação, a promotora de Justiça do MPRJ Simone Síbilio considerou que não era possível fazer a relação entre os integrantes da organização criminosa e as mortes de Marielle e Anderson, mas apontou, que, se no futuro fosse comprovado o envolvimento, o grupo seria incluído nas investigações desse crime.
Flávio Bolsonaro homenageou Nóbrega duas vezes na Assembleia Legislativa do Rio. O ex-PM também foi citado na investigação que apura a prática de "rachadinha" no gabinete do então deputado estadual.