“Vamos ter uma votação tranquila onde governo e Parlamento votarão o mesmo encaminhamento, mostrando unidade e harmonia no trabalho nesse início de ano”, afirmou Maia aos jornalistas, nesta terça-feira (11/02), após a cerimônia de posse do novo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, no Palácio do Planalto.
De acordo com eles tanto governo quanto os líderes concordaram em derrubar o veto e manter o texto do artigo, mantendo na lei a prerrogativa do relator de escolher o direcionamento e a ordem das emendas impositivas no Orçamento. Antes, cabia ao Executivo a escolha das prioridades.
Maia destacou que o valor desse poder decisório será de R$ 30 bilhões do que cabe à emenda do Parlamento e que cabe à execução das “políticas permanentes dos ministérios”. Ele explicou que são R$ 11 bilhões de despesas discricionárias dos ministérios que vieram na proposta orçamentária que serão devolvidos para a execução. Os demais, são recursos das bancadas, ao todo, R$ 19 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões são de emendas aditivas.
De acordo com fontes próximas ao governo, o veto presidencial seria derrubado pelos parlamentares. Pouco depois ao chegar ao Congresso, Maia adicionou que quatro artigos devem ser suprimidos em função de um acordo com a bancada do Nordeste.
Cronograma
Durante a coletiva no Planalto, Maia fez questão de destacar que a reunião deu uma sinalização de que haverá um acordo entre o Executivo e o Parlamento para o encaminhamento das reformas e que elas serão aprovadas “ainda neste semestre”. “Essa é uma demonstração clara que há um grande espaço para que a gente possa aprovar no primeiro semestre ainda tanto a reforma tributária quanto a administrativa, assim como as três PECs que estão no Senado. E, assim que chegarem à Câmara, serão tratadas com toda a urgência necessária”, destacou.
“Fizemos uma reunião longa sob a liderança do ministro Ramos onde estabelecemos alguns critérios e procedimentos”, destacou Alcolumbre. Segundo ele, o acordo firmado que será levado ao Congresso acolheu as manifestações do governo e as dos líderes presentes no encontro. Ramos, por sua vez, ressaltou que teve total apoio do presidente na conversa com os parlamentares e elogiou “a grandeza de homem público” manifestada pelos presidentes da Câmara e do Congresso no momento atual.