O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o chefe da Secretaria de Comunicação Social Governo, Fábio Wajngarten, "continua mais firme do que nunca", mesmo após a Superintendência Regional da PolÃcia Federal em BrasÃlia abrir inquérito para investigá-lo. "Muda o disco, (imprensa) está aà há um mês batendo nele. O Wajngarten continua mais firme do que nunca", disse Bolsonaro.
Para o presidente, "não foi a PF que abriu" o inquérito. "O Ministério Público pediu que ele fosse investigado. É completamente diferente do que você está falando, dá a entender que ele é um criminoso. Não é criminoso, eu não vi nada que atente contra ele", afirmou.
A investigação, que mira em supostos peculato, corrupção passiva e advocacia administrativa, foi aberta por requisição do Ministério Público Federal, com base em reportagens do jornal Folha de S.Paulo.
Wajngarten é sócio da FW Comunicação e Marketing, dona de contratos com ao menos cinco empresas que recebem recursos direcionados pela Secom, entre elas as redes de TV Band e Record. O secretário afirmou que os acordos comerciais foram feitos antes do seu ingresso na Secom - o da Band, por exemplo, há 16 anos. Esses contratos, segundo ele, "não sofreram qualquer reajuste ou ampliação" desde então.
Os negócios de Wajngarten provocaram desgaste no governo. Sócio de uma empresa de marketing televisivo, que tem como clientes emissoras de TV e agências de publicidade contratadas pelo governo, Wajngarten foi obrigado a se explicar ao presidente Bolsonaro e fez até um pronunciamento público.