Parte da estratégia que elegeu Jair Bolsonaro presidente da República em 2018, movimentos de rua alinhados à direita têm demonstrado insatisfação com a possibilidade de recriação do Ministério da Segurança Pública, hoje sob o guarda-chuva da pasta da Justiça, comandada por Sergio Moro.
Nas redes sociais, os movimentos Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre (MBL) e Nas Ruas aderiram à campanha #SegurançaComMoro. Com níveis diferentes de adesão ao governo, os grupos abordaram de variadas formas a situação que opõe Moro e Bolsonaro.
Para o MBL, mais crítico do governo, “Bolsonaro mente para Moro e para o Brasil” e leva adiante uma ideia “bizarra”. O Vem Pra Rua adotou tom mais comedido em relação a Bolsonaro e focou no presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ): “Finalmente, os crimes caíram em todos os estados do Brasil. Por que Rodrigo Maia quer retirar a Segurança Pública de Moro?”, publicou o movimento em sua página no Facebook.
O Nas Ruas intercalou publicações elogiosas a Bolsonaro com posts que pedem a permanência da Segurança Pública com Moro.
O nome do ministro da Justiça ficou durante todo o dia entre os assuntos mais comentados do Twitter brasileiro. Às 18h30, “Moro” acumulava mais de 140 mil menções. O ex-juiz não se pronunciou a respeito da eventual divisão de pastas, mas anunciou a criação de seu perfil no Instagram “para alcançar outro público na divulgação dos trabalhos do MJSP”.