O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não se opôs à ideia do presidente Jair Bolsonaro de recriar o Ministério da Segurança Pública. Ele disse até que, além de ser importante para a redução da criminalidade, a medida é necessária para corrigir um erro do Executivo.
"O fim do ministério, no início do governo Bolsonaro, foi um erro do próprio governo. Um governo que foi eleito com a pauta da segurança pública acabar com o ministério que foi enfim criado no governo de Michel Temer, que é umas agendas prioritárias da sociedade, foi uma sinalização ruim para o próprio governo", alfinetou Maia, na residência oficial da Câmara, nesta quarta-feira.
Ele indicou, então, que a ideia de recriar a pasta representa um avanço no combate ao crime e também um aceno para o público que elegeu Bolsonaro por conta da pauta da segurança pública e recentemente se mostrou insatisfeito com medidas como a sanção do juiz de garantias. "É uma sinalização de priorização do tema da segurança pública, que de fato precisa de uma política concentrada no tema", afirmou.
Da mesma forma, Maia disse que a recriação do Ministério da Cultura, que começou a ser cogitada pelo Planalto como uma forma de atrair a atriz Regina Duarte para o primeiro escalão do governo, é positiva. "Vai reorganizar a relação do setor com o governo, que vem muito machucada nos últimos meses", avaliou.
O presidente da Câmara ainda disse que as medidas podem não criar novas despesas. E, por isso, não vão necessariamente impactar no orçamento do governo. Ele admitiu, por sua vez, que ainda não conversou com Bolsonaro sobre isso.