O presidente Jair Bolsonaro deixou, no final da manhã deste domingo (19/1), o culto da Igreja Memorial Batista, que acompanhou por cerca de 25 minutos.
Ele ficou sentado nas primeiras fileiras no templo, no bairro da Asa Sul, em Brasília, e deixou o local sem falar com a imprensa. Ao chegar à igreja, Bolsonaro se ajoelhou e recebeu uma bênção do pastor.
Mais cedo, ao deixar o Palácio da Alvorada, o presidente tirou fotos com simpatizantes e não quis comentar a possibilidade de recriar o Ministério da Cultura para abrigar a atriz Regina Duarte, que tem sido comentada por interlocutores do Planalto.
A leitura do governo é que o nome da atriz é poderoso demais para assumir apenas uma "secretaria", status atual da pasta que era comandada até sexta-feira (17/1), pelo dramaturgo Roberto Alvim. Ele foi demitido do cargo após protagonizar um vídeo com referências ao nazismo.
Encontro
Bolsonaro e Regina Duarte devem encontrar-se na segunda-feira (20/1), no Rio de Janeiro para tomar uma decisão sobre a entrada da atriz no governo federal. O presidente já tinha agendas marcadas na capital fluminense — às 10 horas, ele encontra-se com o prefeito Marcelo Crivella.
A ideia do governo é levar um nome de peso, reconhecido no meio cultural, para assumir o posto, nos moldes da indicação de Gilberto Gil para o Ministério da Cultura no governo Lula. Caso ela não aceite o convite, uma das opções cotadas é o ator Carlos Vereza.
O presidente Jair Bolsonaro e a atriz Regina Duarte combinaram um encontro no Rio pois querem uma "conversa olho no olho", segundo uma fonte que acompanha as discussões para sucessão no comando da Cultura. A interlocutores, Bolsonaro disse que a atriz pretende entender o que o presidente espera dela, caso aceite o cargo.
Bolsonaro considera que Regina foi "humilde" ao afirmar que não está preparada para comandar a cultura no governo federal. Ele comparou a frase da atriz com as próprias falas, pois já disse não ser o melhor nome a presidente, segundo a mesma fonte. Para Bolsonaro, não é um problema que Regina já tenha feito críticas ao governo, pois todos teriam o direito a divergir.