Parlamentares do Psol ingressaram com notícia-crime no Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-secretário especial de cultura, Roberto Alvim, por apologia ao nazismo. Na mesma peça, a sigla acusa o presidente Jair Bolsonaro de perseguir a cultura e usar a máquina pública para censurar veículos de imprensa.
Na ação, enviada à Procuradoria Geral da República (PGR), os parlamentares citam o discurso de Alvim, publicado no canal da Secretaria Especial de Cultura no YouTube, em que foram usados trechos de declarações do ministro nazista Joseph Goebbels.
"Conforme amplamente divulgado pela imprensa e nas redes sociais, na noite do dia 16 de janeiro o secretário da Cultura Roberto Alvim publicou, na rede social da Secretaria Especial da Cultural, vídeo em que divulga o Prêmio Nacional das Artes, que havia sido lançado momentos antes em live do presidente Bolsonaro em que participou. Em seu discurso, Alvim citou trecho de discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler, sobre as artes", diz um trecho da representação.
"Conforme amplamente divulgado pela imprensa e nas redes sociais, na noite do dia 16 de janeiro o secretário da Cultura Roberto Alvim publicou, na rede social da Secretaria Especial da Cultural, vídeo em que divulga o Prêmio Nacional das Artes, que havia sido lançado momentos antes em live do presidente Bolsonaro em que participou. Em seu discurso, Alvim citou trecho de discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler, sobre as artes", diz um trecho da representação.
Semelhança com Goebbels
Saiba Mais
Os parlamentares alegam que tanto Alvim quanto Bolsonaro, ao anunciarem o lançamento do Prêmio Nacional de Artes, atuaram para defender seus interesses individuais e políticos, causando prejuízos ao país e pedem que ambos sejam responsabilizados por "políticas de perseguição e violação da liberdade de expressão nas áreas de cultura, educação e demais áreas de conhecimento da sociedade".
O Psol pede que o "Ministério Público Federal tome as providências administrativas civis e penais cabíveis, visando o cumprimento da lei e resguardo dos direitos constitucionais atinentes".