Politica

Alvim: ''Coloquei meu cargo à disposição de Bolsonaro, para protegê-lo''

Fontes do Palácio do Planalto, no entanto, afirmam que Alvim já foi comunicado da decisão do presidente demiti-lo

O secretário da cultura, Roberto Alvim, afirmou, no início da tarde desta sexta-feira (18/1), que colocou o cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi feita em redes sociais.

Fontes do Palácio do Planalto, no entanto, afirmam que Alvim já foi comunicado da decisão do presidente demiti-lo. Na avaliação de governo, a situação estava "insustentável" e as falas do secretário com referências do ideólogo nazista Joseph Goebbels foram consideradas "inaceitáveis".

Leia o texto na íntegra

 

Caros:

ontem lançamos o maior projeto cultural do governo federal.

Mas no meu pronunciamento, havia uma frase parecida com uma frase de um nazista.

Não havia nenhuma menção ao nazismo na frase, e eu não sabia a origem dela.

O discurso foi escrito a partir de várias ideias ligadas à arte nacionalista, que me foram trazidas por assessores.

Se eu soubesse da origem da frase, jamais a teria dito.

Tenho profundo repúdio a qualquer regime totalitário, e declaro minha absoluta repugnância ao regime nazista.

Meu posicionamento cristão jamais teria qualquer relação com assassinos...

Peço perdão à comunidade judaica, pela qual tenho profundo respeito.

Do fundo do coração: perdão pelo meu erro involuntário.

Mas, tendo em vista o imenso mal-estar causado por esse lamentável episódio, coloquei imediatamente meu cargo a disposição do Presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de protegê-lo . 

Dei minha vida por esse projeto de governo, e prossigo leal ao Presidente, e disposto a ajudá-lo no futuro na dignificação da Arte e da Cultura brasileiras.