O vídeo produzido pela Secretaria Especial da Cultura do governo federal na qual Roberto Alvim, que deve ser exonerado do cargo de secretário especial, nesta sexta-feira (17/1), faz um discurso similar ao do ministro da Propaganda na Alemanha Nazista de Adolf Hitler, Joseph Goebbels, recebeu duras críticas do presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O senador, que disse ser o primeiro presidente judeu do Congresso, manifestou "veementemente meu total repúdio a essa atitude" e pediu o "afastamento imediato" de Alvim do posto de secretário da Cultura — horas depois da divulgação do vídeo, o presidente da República, Jair Bolsonaro, decidiu retirá-lo do cargo.
"Tive o desprazer de tomar conhecimento do acintoso, descabido e infeliz pronunciamento de assombrosa inspiração nazista do secretário de Cultura Roberto Alvim, do governo federal", declarou Alcolumbre, que está no interior do Amapá, na cidade de Ariri, onde participa da retomada do programa 'Luz para Todos'.
Durante o Holocausto, período da Segunda Guerra Mundial que marcou o maior genocídio da história do mundo, estima-se que aproximadamente seis milhões de judeus e outras minorias tenham sido assassinadas a mando do Estado nazista, que patrocinava um programa sistemático de extermínio étnico.
Para Alcolumbre, "é totalmente inadmissível, nos tempos atuais, termos representantes com esse tipo de pensamento (nazista)". "E, pior ainda: que se valha do cargo que eventualmente ocupa para explicitar simpatia pela ideologia nazista e, absurdo dos absurdos, repita ideias do ministro da Informação e Propaganda de Adolf Hitler, que infligiu o maior flagelo à humanidade", atacou o senador.