Trechos do livro têm sido antecipados por alguns veículos de comunicação. Em um deles, Oyama afirma que Bolsonaro pensou em demitir o ministro da Justiça, Sergio Moro, mas acabou dissuadido da ideia pelo ministro-chefe do Gabinete da Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.
O presidente teria ficado insatisfeito com Moro após o ex-juiz criticar a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que paralisou temporariamente investigações contra o senador Flávio Bolsonaro. Após a divulgação desse trecho do livro, Heleno negou que o episódio tenha ocorrido.
Na transmissão ao vivo desta quinta (veja íntegra abaixo), Bolsonaro disse que as fake news contra seu governo continuam e que os jornalistas passaram a inventar fatos e não apenas distorcê-los.
Ele então, leu a chamada de uma matéria publicada no site do jornal O Globo que, claramente, continha um erro no título. "Vejam essa notícia aqui. Parabéns ao Globo online. 'Ministro Augusto Heleno convenceu Moro a não demitir Sergio Moro'", disse Bolsonaro, caindo na gargalhada em seguida.
O presidente disse, então, que a matéria repercutia o livro de Thaís Oyama, e criticou o conteúdo do livro. "Essa jornalista... No Japão ia morrer de fome", falou, em clara referência ao sobrenome e à ascendência asiática da jornalista.
Em seguida, Bolsonaro negou que tenha pensado em demitir Moro e disse que a jornalista tenta adivinhar até o que ele pensa. "O que é isso? Chico Xavier?", indagou.
No Twitter
O presidente já tinha zombado do erro na matéria de O Globo na terça-feira, quando escreveu no Twitter, ao compartilhar o título com o equívoco: "Essa imprensa é uma vergonha. Lê meus pensamentos e ministros se convencem a não demitirem a si próprios. KKKKKKKK".
Pouco tempo depois, o site de O Globo corrigiu o título, que passou a ser: "Ministro Augusto Heleno convenceu Bolsonaro a não demitir Sergio Moro".