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Brasília-DF



Davi só pensa naquilo
Sabe essas metas que as pessoas se estipulam no início do ano? O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, colocou entre as elas a reeleição para mais um mandato no comando da Casa. Só tem um probleminha: os votos. Alcolumbre terminou o ano criticado por vários senadores que votaram nele. Alguns reclamam que ele se aproximou demais do MDB de Renan Calheiros e se esqueceu daqueles que o apoiaram. Até aqui, não junta um número confortável para alterar a regra do jogo e tentar buscar seu segundo mandato consecutivo.
 
A reeleição para presidentes do Senado e da Câmara dentro da mesma legislatura é proibida. Para isso, tem de mudar a legislação. Em tempo: nessa empreitada, o comandante do Senado não contará com nenhuma ajuda do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Embora seja também beneficiado, se houver mudança na lei, ele não pretende mexer com isso, para não criar confusão. Melhor fazer o sucessor e criar um devedor do que um inimigo pronto para atacá-lo.

Vaidade, meu pecado predileto
Entre os aliados do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, há quem esteja com receio dessa “amizade” com o MDB. É que muitos consideram que têm alguns encorajando Alcolumbre a optar pelo movimento arriscado de buscar a reeleição, perder e se desgastar, abrindo espaço para um nome do MDB.

Prazo
Os senadores calculam que o prazo para mudança da norma, a fim de permitir a reeleição para presidente da Câmara e do Senado dentro da mesma legislatura, é este semestre. Se deixar para o segundo, esquece.

Fator Huck
Quem acompanha os movimentos políticos de Luciano Huck calcula que ele tem, pelo menos, um ano para convencer os partidos da viabilidade de um projeto de candidato a presidente da República. É que, se passar disso, as legendas vão fazendo seu jogo e, aí, não vai sobrar muito espaço.

Falta luz na tributária
A União Nacional das Entidades de Comércio e Serviços (Unecs) encomendou um estudo para fazer um grande diagnóstico sobre que setores perdem e quais ganham com as reformas tributárias em discussão no Congresso. A principal crítica, hoje, é de falta de transparência sobre o tema. Os resultados serão entregues no início da sessão legislativa à Frente Parlamentar de Comércio, Serviços e Empreendedorismo para subsidiar a elaboração de emendas à reforma.
 
 
Juiz sem garantias/ Enquanto curte as férias, o senador Major Olímpio (foto) prepara um projeto de lei complementar para barrar a implantação do juiz das garantias no Poder Judiciário. A ideia é apresentar a proposta no primeiro dia de funcionamento do Congresso, em fevereiro. Ele considera que o juiz das garantias “favorece o crime e os criminosos” e completa: “O povo brasileiro sempre reclamou que o país tinha quatro instâncias de julgamento. Agora, terá mais uma”, diz ele.

Tragédias em série/ Nestes primeiros dias de janeiro, três pessoas já morreram vítimas de bala perdida no Rio de Janeiro. E ainda dizem que o Brasil é um país pacífico.

Festa ítalo-brasiliense / As comemorações dos 60 anos de Brasília não ficarão restritas ao nosso quadradinho. Logo no início do ano, os traços modernistas que fizeram da nossa capital uma síntese do pensamento modernista brasileiro desembarcam em Roma, na exposição Brasília — da Utopia à Capital.  A mostra ficará abrigada na galeria Cândido Portinari, no Palácio Pamphili, na Piazza Navona, onde fica a Embaixada do Brasil em Roma.

Festa ítalo-brasiliense/ A exposição Brasília — da Utopia à Capital conta com a curadoria de Danielle Athayde e já foi apresentada em 11 cidades, entre elas Paris, Berlim, Nova Délhi, Madri, Moscou e Londres, e visitada por mais de 300 mil pessoas. A data da abertura, prevista para o final deste mês, ainda depende da agenda do embaixador do Brasil na Itália, Hélio Ramos.

Colaboraram Augusto Fernandes e Rodolfo Costa