O porta-voz da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou na noite desta terça-feira (7) que o presidente Jair Bolsonaro não irá recuar da privatização dos Correios. Pelo contrário, irá colocar todo o seu esforço para realizá-las até o final de sua gestão. Rêgo Barros, afirmou ainda que as privatizações são ‘cláusulas pétreas’ e que o governo vem utilizando como forma de preservar o essencial na gestão dos bens públicos, em benefício da sociedade. “No caso específico dos Correios, o governo não irá recuar em suas privatizações. O Estado é muito pesado e é de conhecimento de vocês, muitas das empresas dependem de recursos financeiro da União para pagamento de suas despesas como pessoal e para o custeio em geral”, apontou.
Ele disse ainda que o CPPI autorizou o BNDES a contratar estudos do setor. “Os Correios foi qualificado no âmbito do PPI por meio de decreto para fins de possibilitar a realização de estudos e a avaliação de alternativas de parcerias numa iniciativa privada e propor ganhos de eficiência e resultados para a empresa com vistas a garantir sua sustentabilidade econômica e financeira”, disse.
E emendou: “O conselho do Programa de Parceria de Investimento (PPI) autorizou o BNDES a contratar os estudos dos Correio. Na fase atual, o BNDES está finalizando termo de referência para comparação destes estudos, ou seja, os Correios está sob análise do BNDES, foi incluído no PPI e, no momento oportuno, finalizados estudos será apresentado ao presidente e ele decidirá. Como ele próprio esboçou, disse se pudesse faria hoje mesmo as privatizações, mas ele atende a estudos e calendários”.
Questionado pelo Correio se a privatização seria realizada ainda dentro do mandato do mandatário do país, Rêgo Barros respondeu:
“O presidente há de colocar todo seu esforço para que as privatizações que tenham sido entendidas como adequadas venham a ser finalizadas até o seu período do seu governo”, concluiu.
Ainda nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que, se pudesse, privatizaria, hoje, os Correios. Ele frisou a vontade em vender a estatal, mas comentou que não é um processo fácil. Além de ser uma decisão que impacta a vida de empregados públicos, ele cita que a venda de uma estatal depende da aprovação do Congresso Nacional, em um processo que tende a envolver, também, a atuação do Tribunal de Contas da União (TCU).