A cúpula nacional do Podemos manteve a expulsão do deputado Marco Feliciano (SP), efetivando a saída do parlamentar da legenda. A direção nacional da sigla, porém, amenizou os motivos para expulsá-lo, deixando na justificativa apenas a infidelidade pelo apoio do parlamentar ao presidente Jair Bolsonaro.
Feliciano foi expulso por decisão da direção estadual do Podemos em São Paulo, no dia 9 de dezembro. A decisão foi tomada citando diversos motivos, entre eles os gastos de R$ 157 mil referentes a um tratamento odontológico reembolsados pela Câmara.
No último dia 18, o deputado recorreu da expulsão ao comando nacional da sigla, reabrindo o caso. Pediu para continuar no Podemos, apesar de ter sinalizado anteriormente que não tentaria reverter a decisão, e para alterar o motivo da saída caso a exclusão fosse confirmada.
A expulsão foi efetivada ontem, em reunião na capital paulista. A presidente nacional do Podemos, Renata Abreu (SP), defendeu que os motivos fossem alterados após ter sido surpreendida pela extensão da decisão tomada pela direção estadual, comandada pelo vereador Mario Covas Neto.
Feliciano comemorou ter sido expulso por apoiar o presidente da República, mas negou que tenha pedido para ficar no partido – segundo ele, o que aconteceu foi justamente o contrário, pois teriam pedido que ele permanecesse na legenda. E divulgou nota se posicionando sobre o episódio.
Segundo o deputado, “Covas Neto e Álvaro Dias só pensam em seus projetos pessoais e eleitoreiros, em detrimento dos interesses do Brasil e de São Paulo. Covas Neto transformou o Podemos de SP em um puxadinho do PSDB à serviço da candidatura do sobrinho. Já Álvaro Dias (que saiu anão da eleição presidencial com menos de 1% dos votos), age como o PT e aposta no quanto pior melhor. Ao invés de ajudar um Governo que não tem escândalo de corrupção e está tirando o Brasil do atoleiro, só pensa em ser presidente da República”.
Vice-líder do governo no Congresso, Feliciano se regozija de ter sido colocado para fora do Podemos. “Por fim, reafirmo aqui que para mim é motivo de orgulho ser expulso do Podemos por defender o presidente Bolsonaro, que está mudando o Brasil para melhor”.