Politica

Preços caem no DF



Apesar do temor generalizado do aumento no preço dos combustíveis, devido à crise entre Estados Unidos e Irã, o valor da gasolina caiu nos postos do DF em relação à semana passada. Alguns locais registraram queda de até R$ 0,10 no preço do litro, segundo levantamento realizado pelo Correio do dia 3 até ontem. O valor mais em conta foi encontrado no posto Petrolino, no centro de Taguatinga: R$ 3,319, mas a média está em R$ 4,399.

O presidente do Sindicombustíveis-DF, Paulo Tavares, atribui a baixa à sobra nos estoques. “Os estoques estão altos nas distribuidoras e na revenda. Como cidade está vazia por conta das férias, é necessário desovar. São contas a pagar e metas para cumprir, o mesmo aconteceu nesse período no ano passado”, contou. “Em fevereiro, tivemos um aumento repentino de R$ 0,20, mesmo sem nenhuma variável nova no preço, é apenas a volta para o patamar normal depois das promoções feitas pelas distribuidoras e postos.”

Mesmo com os valores mais baixos, muitos consumidores ainda não estão satisfeitos. “É sempre muito caro. Às vezes, fica meio inviável. Eu costumo gastar, em média, R$ 1.200 no mês”, disse o engenheiro eletricista John Rodrigues, de 28 anos. Questionado sobre maneiras de driblar os preços, ele brincou: “Só comprando um cavalo”.

Os donos de postos estão atentos a qualquer movimento da Petrobras sobre reajuste nos preços da gasolina, mas, enquanto o aumento não vem, além das promoções, o parcelamento do combustível no cartão de crédito vem sendo outra maneira de tentar atrair clientes.

Há postos dividindo o valor em duas e três parcelas no cartão, sem juros. Mas, boa parte dos consumidores não veem o parcelamento como uma boa alternativa. “Não vale a pena, é só mais uma maneira de acumular dívidas. Todo mês, a gente já sabe que tem de abastecer, então, é melhor pagar logo”, afirmou o operador de supermercado Ivandro Padre, de 43 anos.

O servidor público José Carlos Gonçalves, 52, conta que prefere buscar sempre as promoções à vista ou os descontos em aplicativo. “Todo lugar que eu passo, vou olhando o preço. O local que estiver melhor e eu notar uma vantagem, aproveito para abastecer. O preço está bom e bem mais estável.”

Segundo o economista Cesar Bergo, a Petrobras ainda está analisando se a situação no Oriente Médio é momentânea ou veio para ficar. “Do ponto de vista do mercado interno, não dá para esperar muito. Se o petróleo continuar subindo, a tendência é que o repasse seja feito logo nas bombas”, frisou.

*Estagiária sob supervisão de Cida Barbosa

Bolsa abaixo dos 117 mil pontos

No terceiro pregão do ano, o Ibovespa fechou em baixa, cedendo a linha dos 117 mil pontos, após ter permanecido boa parte da sessão, especialmente à tarde, não tão distante de máximas históricas renovadas logo na primeira sessão de 2020, na sequência do rali de dezembro. Assim, o principal índice da B3 encerrou a sessão em queda de 0,70%, a 116.877 pontos. O giro financeiro foi elevado, totalizando R$ 27,4 bilhões na sessão. Já o dólar fechou em alta de 0,15%, a R$ 4,06.