Um vÃdeo do circuito interno de monitoramento da produtora do Porta dos Fundos mostra o momento exato em que coquetéis molotov são lançados contra o prédio, que fica no Humaitá, na zona sul do Rio, no fim da madrugada do dia 24 de dezembro. As imagens mostram a ação de um segurança da produtora, que apaga as chamas com o auxÃlio de um extintor.
As imagens mostram que a ação aconteceu à s 5h21 da madrugada. Uma explosão, seguida por fortes labaredas, podem ser vistas na porta que dá acesso à produtora. O segurança chega instantes depois e, após o susto, retorna com um extintor para apagar o princÃpio de incêndio. Pelas imagens é possÃvel também ver o funcionário tentando contato por telefone.
No último dia do ano, a PolÃcia Civil do Rio realizou buscas em quatro endereços ligados a Eduardo Falzi Richard Cerquise, de 41 anos. Ele é o primeiro dos cinco suspeitos do ataque a ser identificado. Falzi não foi encontrado e é considerado foragido. Nesta quarta, 1º, ele disse que os humoristas do grupo são "intolerantes" e pediu aos internautas que rezem por ele. As afirmações foram feitas em vÃdeo divulgado nas redes sociais. Também nesta quarta, o Disque-Denúncia da PolÃcia do Rio de Janeiro divulgou um cartaz em que oferece R$ 2 mil por informações que levem à prisão de Cerquise.
Além de classificar os humoristas como "intolerantes", o suspeito do ataque afirmou que "quando o Porta dos Fundos escarnece do nome de nosso senhor Jesus Cristo ele pisa na esperança de milhões de pessoas que só têm Jesus Cristo como riqueza". Ele também declarou que "quem fala mal do nome de Cristo prega contra o povo brasileiro". "Esse é um crime de lesa-pátria. Eles são criminosos, são marginais, são bandidos", afirmou Cerquise.
Passagem por agressão
A polÃcia identificou Cerquise como um dos responsáveis pela tentativa de incêndio anteontem, após análise das câmeras de segurança da produtora. Filiado ao PSL-RJ desde 2001, de acordo com o Tribunal Superior Eleitorial, ele tem 20 passagens pela polÃcia, a maioria por casos de agressão e lesão corporal.
Em 2013 Cerquise chegou a ser preso por dar um soco no então secretário municipal de Ordem Pública do Rio, Alex Costa, quando ele concedia entrevista à TV Globo. Na ocasião, Cerquise trabalhava em um estacionamento irregular no Centro que havia acabado de ser fechado em uma operação da Guarda Municipal.