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Politica

Ibovespa termina com recuo de 0,76% no último pregão do ano

O dia de baixa liquidez, com R$ 15,39 bilhões de volume negociado, não teve notícias expressivas

Após sequência de recordes históricos, no último pregão do ano, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), terminou com recuo de 0,76%, a 115.645 pontos. O dia de baixa liquidez, com R$ 15,39 bilhões de volume negociado, não teve notícias expressivas.

Em dezembro, o indicador chegou a superar os 117 mil pontos, desempenho considerado errático por analistas, diante do fluxo habitual de fim de ano. ;Em geral neste época não temos altas expressivas devido a ausência de volume em geral e a quantidade remessas para o exterior;, destaca o economista da BlueMetrix Ativos, Renan Silva.

No ano, o índice acumulou alta de 31,58%, a maior dos últimos 10 anos. As bolsas pelo mundo foram fortalecidas nas últimas semanas com as tratativas para por fim na guerra comercial entre Estados Unidos e China. Mas em 2019 o mercado de ações se tornou mais atrativo no Brasil em meio aos sucessivos cortes na taxa básica de juros (Selic), que termina em seu menor patamar desde que foi estabelecido o regime de metas de inflação no país, em 4,5%.

A sequência de altas também se deu pela entrada de investidores. Este ano o número de brasileiros que investem na bolsa praticamente dobrou, chegando a 1,6 milhão de pessoas físicas.

Já o dólar comercial fechou com recuo de 0,9%, cotado a R$ 4,0098. O valor é menor que o projetado pelo mercado no boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (30/12), que estimativa que encerraria o ano valendo R$ 4,10. Apesar da sequência de baixas de 5,43% acumulada no mês, a moeda norte-americana encerrou 2019 com uma alta de 3,50%. No mês de novembro a moeda havia batido sucessivos recordes nominais, chegando a valer R$ 4,25.

A queda na cotação da moeda reflete a melhora no cenário internacional, com o avanço nos diálogos da guerra comercial, e a disponibilidade do mercado de tomar mais risco em países emergentes. Os mercados chegam ao fim do ano com uma onda de otimismo, especialmente após as tratativas do acordo, que deve ter sua primeira fase assinada ainda esta semana. Os sinais de estabilização e reaquecimento da economia brasileira trazem mais confiança dos investidores para o próximo ano.