O grupo de deputados do PSL que apoia o presidente Jair Bolsonaro consolidou uma dissidência dentro da sigla nesta terça-feira, 17, ao anunciar a criação da Frente Brasil Acima de Tudo.
Segundo o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o grupo é "um movimento intrapartidário" e reúne 28 dos 53 parlamentares do PSL na Câmara - justamente os nomes que assinaram a lista para o filho do presidente Jair Bolsonaro voltar a ser líder da legenda na segunda-feira, 16.
O movimento é uma tentativa do grupo, que pretende migrar para o Aliança pelo Brasil - partido que Jair Bolsonaro está criando -, já se destacar dos demais colegas do PSL. Os deputados entraram hoje com uma ação declaratória de justa causa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a saída do partido sem a perda dos mandatos.
"Não podemos dizer com todas essas palavras, que estaria tudo certo para isso, mas de certa forma, é um grupo unido", disse Eduardo.
A frente deve reafirmar os valores conservadores da campanha de Bolsonaro. "Aquelas pautas que nos elegeram em 2018. Isso era uma ideia que já vinha sendo construída, mas se tornou mais necessária em virtude dos últimos acontecimentos, notoriamente a guerra pela liderança", disse Eduardo.
Ainda de acordo com o atual líder da bancada do PSL na Câmara, a ideia é que os parlamentares envolvidos na frente não dependam de partidos. "Para qualquer lugar que nós formos, vamos levar esse carimbo", disse. "Pretendemos rodar o País inteiro, um dando força para o outro", disse Eduardo.