[FOTO1]O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder da maioria na Casa, são bem alinhados. Contudo, os dois estão sem sintonia em relação à defesa de uma comissão mista para discutir a unificação das duas matérias que tratam sobre reforma tributária no Congresso, as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 45/2019, da Câmara, e 110/2019, do Senado. Enquanto Maia defende a instalação de um colegiado misto no início de 2020, Ribeiro desconfia se essa articulação vingará.
A comissão mista, analisa o deputado, é uma proposta aventada que pode trazer uma solução política, mas não técnica. ;Do ponto de vista operacional, ela é um sinal político. Acho que esse sinal político pode ser dado de outras formas. Não sou contra ela, mas é muito mais um simbolismo do que efetividade;, ponderou. Para Ribeiro, outro motivo que joga contra a criação de uma comissão mista é o ;timing político;.
A PEC 45, no entendimento de Ribeiro, avançou em um ritmo mais acelerado do que a PEC 110. ;Se falou muito e não deu em nada. Não tenho nada contra se instalar uma comissão mista, mas acho que se demorou muito para instalar. O problema é que nós só avançamos o nosso trabalho e cumprimos nossa agenda;, sustentou, após participação no seminário Reforma Tributária: oportunidade para combater o mercado ilegal de bebidas alcoólicas, realizado nesta terça-feira (17/12) pelo Correio em parceria com o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac).
O parlamentar usou até de ironia para desqualificar a necessidade de uma comissão mista ao lembrar que o governo ressuscitou a discussão da criação de um imposto análogo à extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). ;Nós estamos trabalhando na comissão especial, posso falar sobre o trabalho que está sendo feito na comissão. Comissão mista é a mesma coisa de CPMF. Se falou muito, se falou muito, se falou muito, e não deu em nada;, disse.