O presidente Jair Bolsonaro negou a pecha de autoritário e frisou que suas decisões são tomadas ouvindo ;conselheiros;, do governo e de outros poderes. A declaração foi feita ontem, na abertura do fórum O controle no combate à corrupção, organizado pela Controladoria-Geral da União (CGU). No discurso, o chefe do Planalto citou a Bíblia, no livro de Provérbios 24:6: ;Quem sai à guerra precisa de orientação, e com muitos conselheiros se obtém a vitória;.
Parte dos ;conselheiros; enaltecidos por Bolsonaro foram algumas das autoridades presentes no evento. Ele frisou, contudo, que as ;primeiras pessoas ao nosso lado são entes familiares;. Pelo governo, estiveram o ministro da CGU, Wagner Rosário, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Augusto Heleno. ;Por mais que me acusem de autoritário, as decisões que tomo, eu ouço grande parte desses atores que acabei de citar, porque a chance de errar é mínima, e a chance de vitória realmente passa a ser a maior possível;, sustentou.
Além de Rosário e Heleno, Bolsonaro citou o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio; o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; e o subprocurador-geral da República, Carlos Vilhena, que compareceu como representante do procurador-geral, Augusto Aras. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não participaram do evento. (RC)