No entanto, o que devia ser um informativo comum, se tornou uma acalorada discussão entre ele e o ministro Ricardo Lewandowski. Toffoli anunciou que o acesso a Esplanada será interditado pelas Forças Armadas, que estão autorizadas a atuar por um decreto do presidente Jair Bolsonaro.
Lewandowski acusou o Executivo de interferir no funcionamento do Judiciário. ;Isso me parece estranho. Um decreto do presidente da República impedir o funcionamento do Supremo, da cúpula do Poder Judiciário?;, disse Lewandowski.
O ministro Marco Aurélio chegou a questionar se a exigência da apresentação de documentos para acessar o prédio da Corte também seria exigido aos ministros, ouvindo uma resposta negativa do presidente do Tribunal. Toffoli respondeu dizendo que apenas estava comunicando servidores e advogados em razão de eventual dificuldade em acessas às dependências do Supremo. O decreto não está em votação", afirmou Toffoli.
Lewandowski afirmou que já participou de outras reuniões com chefes de Estado e não havia tais exigências. Para por fim a discussão, Toffoli anunciou que publicaria uma portaria decretando ponto facultativo no Supremo. "Vou dar ponto facultativo e suspendendo os prazos processuais, para que os advogados que não conseguirem acesso não sejam prejudicados".
Após os debates, a sessão foi suspensa por 10 minutos. O placar do julgamento está empatado em 5 a 5