Renato Souza
postado em 07/11/2019 09:36
[FOTO1]A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (7/11), uma operação contra alvos acusados de atuarem para anular a operação Castelo de Areia mediante o pagamento de propina. Um dos alvos é o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro aposentado Francisco Cesar Asfor Rocha. As ações tem como base a delação do ex-ministro Antonio Palocci.
De acordo com as investigações, a empreiteira Camargo Corrêa, que era alvo da Castelo de Areia fez repasses ilegais para agentes públicos. Na ocasião, a operação apurava os crimes de fraude à licitação, corrupção, lavagem de dinheiro envolvendo a construtora e políticos.
Em 2010, Asfor Rocha aceitou um pedido de habeas corpus e suspendeu as atividades de investigação, determinando que ações penais fossem suspensas até decisão sobre a origem das provas colhidas pela PF. No ano seguinte, a 6; Turma do STJ suspendeu de vez a operação.
Na ação desta quinta-feira, batizada de Operação Appius, a PF apura os crimes de corrupção passiva e corrupção ativa, além de lavagem de dinheiro e ocultação de ativos. De acordo com Antonio Palocci, a ex-presidente Dilma Rousseff sabia do esforço para derrubar a operação no STJ, e em uma reunião na casa dela, a petista teria dito que a Camargo Corrêa pagaria R$ 50 milhões para sua campanha em troca da ajuda do governo para anular as investigações.
Em nota, o escritório Cesar Asfor Rocha Advogados negou que tenha sido alvo da operação desta quinta (7/11). Leia a íntegra da nota:
Em nota, o escritório Cesar Asfor Rocha Advogados negou que tenha sido alvo da operação desta quinta (7/11). Leia a íntegra da nota:
"Não é verdade que o escritório Cesar Asfor Rocha Advogados tenha sido alvo de busca e apreensão, como se divulgou.
Palocci dissemina mentiras com base no que diz ter ouvido falar. Por falta de consistência e provas, essa mesma ;delação; foi recusada pelo Ministério Público Federal.
Pelas falsidades, agora repetidas, o ex-ministro Cesar Asfor Rocha registrará notícia-crime na Procuradoria-Geral da República e moverá ação penal contra o delinquente, além de ações cíveis por danos causados à sua imagem e à do escritório."