Dodge deixa briga pronta;
No fim da sua gestão, a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge promoveu um acordo bilateral de cooperação internacional com o Paraguai, passando por cima do órgão central responsável pelos acordos de colaboração na área da justiça penal, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). Essa área está subordinada ao ministro da Justiça, Sérgio Moro.
; Para que Aras resolva
A iniciativa de Dodge levou o ministro Moro a solicitar que o MPF desfizesse o acordo. Mas, em fim de mandato, a PGR não voltou atrás. Essa discussão deve voltar nos próximos dias, agora que Augusto Aras chefia o Ministério Público. Com o acordo, Dodge conseguiu desagradar tanto o Ministério da Justiça quanto a Polícia Federal.
Forma de pressão
Mesmo com vagas abertas em várias repartições públicas, tem gente na equipe econômica defendendo que só haja concurso público depois de aprovada a reforma administrativa que ainda será enviada ao Congresso. É que, assim, os parlamentares serão levados a correr com a votação para abrir as contratações.
Epa!
Não foi apenas a pregação do AI-5 que incomodou na entrevista de Eduardo Bolsonaro à jornalista Leda Nagle. Os políticos estão martelando a frase ;o que faz um país forte não é um estado forte. São indivíduos fortes;.
A la FHC I
Muitos podem até achar loucura, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, já é citado nos bastidores como uma opção política para o futuro entre os políticos. Eles dizem que, nos anos 90, o então senador Fernando Henrique Cardoso não tinha votos para se eleger deputado federal por São Paulo. Depois do Plano Real, entretanto, saiu do Ministério da Fazenda para disputar a Presidência e foi vitorioso.
A la FHC II
Se a economia se recuperar nos próximos dois anos, Paulo Guedes estará no páreo. Pelo menos, vai ter gente pedindo que ele seja candidato. O outro lado dessa história é que, se já tem gente cogitando até Paulo Guedes, o presidente Bolsonaro terá muito trabalho para obter apoio político.
CURTIDAS
E o Cabral, hein?/ Que segunda instância, que nada. O foco do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que não aguenta mais a cadeia, é a decisão do STF sobre a suspensão de processos com base em relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Ele comentou com um visitante que, caso o pleno confirme o pedido da defesa de Flávio Bolsonaro, Cabral acredita que pode conseguir rever, pelo menos, parte das condenações que já lhe renderam mais de 200 anos de prisão.
Lula é uma incógnita/ Lula, por sua vez, está de olho mesmo é no resultado do julgamento sobre a prisão em segunda instância. Aliados históricos do petismo não estão lá muito crentes de que o ex-presidente Lula, preso em Curitiba, será uma boa opção para concorrer a mais um mandato presidencial. Para ampliar e ter chance real de vitória, o PT precisava apoiar um nome de outro partido.
Leitura de fim de ano I/ A safra de livros jornalísticos está recheada neste Natal. São três trabalhos de fôlego que valem a leitura. O jornalista Walter Nunes lança, em 10 de dezembro, o livro Elite na cadeia: o dia a dia dos presos da Lava Jato. O autor relata brigas, convívio com presos perigosos e regalias de empresários e políticos, alvos da maior operação de combate à corrupção da história do país.
Leitura de fim de ano II/ Aloy Jupiara e Chico Otávio lançaram, esta semana, em Brasília, Que Deus tenha misericórdia dessa Nação - a biografia não-autorizada de Eduardo Cunha, o ex-presidente da Câmara preso. E, para completar, Luís Costa Pintou lançou Trapaça, sobre os bastidores do poder no período do
ex-presidente Fernando Collor.
Hoje é dia de Enem! O momento é de deixar os candidatos tranquilos. Que Deus os ilumine.