O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), não teve reações depois da primeira sessão de quimioterapia que recebeu para tratar de um câncer no sistema digestivo, segundo nota divulgada na tarde desta sexta-feira, 1, pelo Hospital Sírio-Libanês. A medicação foi aplicada na terça-feira e durou cerca de 30 horas. O prefeito está internado no Sírio, na Bela Vista, centro de São Paulo, e terá alta "nos próximos dias", de acordo com a nota do hospital.
Covas continua despachando do hospital, sem ter deixado o cargo. Segundo na linha sucessória, o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Tuma (PSDB), pediu licença do cargo e deixará a cidade pelas próximas duas semanas. Tuma é pós-doutorando na Universidade de Sorbonne, e passará as próximas duas semanas na França. A viagem estava prevista desde abril.
"É requisito acadêmico do pós-doutorado em Direito na Sorbonne, lecionar uma vez por ano naquela universidade. Compromisso que cumpro faz seis anos, sempre em novembro, cuja licença foi apresentada em nove de outubro, sem qualquer ônus financeiro para a Câmara", disse Tuma.
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) esteve no Sírio na tarde desta sexta em visita a Covas. Permaneceu no hospital por cerca de uma hora. "Ele está superbem fisicamente, reagindo admiravelmente à quimioterapia, quase não teve efeitos colaterais. Então, achei ele muito bem", disse. Segundo Alckmin, o assunto mais tratado foi "o Peixe" - ambos são torcedores do Santos.
Alckmin presenteou Covas com um livro. "Fiquei contente de rever um amigo. Inclusive o filho dele tem o nome do meu filho, Tomás." Thomaz Alckmin morreu em 2015 em um acidente de helicóptero. Na época, tinha 31 anos.
Auxiliares do prefeito dizem acreditar que Covas tenha alta médica na segunda-feira. Ele permanece no hospital não por causa do câncer - que sofreu metástase e se apresenta em três pontos do sistema digestivo. A internação se dá porque ele teve também uma tromboembolia pulmonar, que obrigou seu acompanhamento médico constante.
Covas terá de passar por mais duas sessões de quimioterapia, segundo sua equipe médica. A próxima sessão deve ocorrer dentro de duas semanas. A junta médica não descarta que, depois dessa medicação, o prefeito tenha de passar ainda por algum procedimento cirúrgico.