"Aproveito para falar sobre a repercussão da minha fala onde eu cito o AI-5. Não existe qualquer possibilidade de retorno do AI-5 e minha posição é bem confortável. Não fico constrangido em pedir nenhum tipo de desculpa a qualquer tipo de pessoa que tenha se sentido ofendida", afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais na tarde desta quinta-feira (31/10). Antes, ele tinha voltado a defender o AI-5 pelo Twitter.
Eduardo disse ainda que "esse não é o ponto que vivemos hoje no contexto atual do Brasil. A gente vive o regime democrático. Nós seguimos a Constituição. Esse é o cenário que me fez ser o deputado mais votado da história. Então, não tem por que eu descambar para o autoritarismo".
[SAIBAMAIS]Em frente à sede do SBT, emissora de televisão onde foi cumprir agenda de entrevistas, o deputado acrescentou que é a favor da democracia e atacou adversários: "A oposição vai pegar esteira na minha fala para tentar me pintar como ditador. Pode ter sido uma resposta infeliz. Se pudesse, teria feito sem a menção ao AI-5".
Imunidade parlamentar
Ao se defender, o parlamentar tentou diminuir os ataques sofridos ao longo do dia, lembrando que tem "imunidade parlamentar por opiniões, palavras e votos". Disse que a imunidade serve para "falar" e, não, "para roubar". Eduardo disse que isso serve para que o povo conheça melhor seus representantes.O Ato Institucional de número 5, conhecido como AI-5, marcou o período mais duro da ditadura militar no Brasil (1964-1985). Deixou um saldo de cassações, direitos políticos suspensos, demissões e aposentadorias forçadas. O decreto concedeu ao presidente poderes quase ilimitados, como fechar o Congresso Nacional e demais casas legislativas por tempo ilimitado.