[FOTO1]Com a fala do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), de que um "novo AI-5" seria cabível no Brasil caso a esquerda radicalize em manifestações, a sigla "AI-5" se tornou rapidamente o assunto mais comentado do País no Twitter. Além da rede social, a declaração do filho do presidente também fez crescer no Google o número de pesquisas sobre o Ato Institucional n; 5, que foi estabelecido em 1968 pelo presidente Costa e Silva, durante o regime militar.
Pesquisas por ;AI-5;, ;Eduardo Bolsonaro; e ;apologia à ditadura; atingiram seus picos semanais no começo da tarde desta quinta-feira (31/10). Parlamentares de oposição investiram contra o governo a partir da fala de Eduardo Bolsonaro. "É o Brasil com AI-5 em pleno 2019 que Bolsonaro quer vender para o mundo e investidores?", tuitou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
É o Brasil com AI-5 em pleno 2019 que Bolsonaro quer vender para o mundo e investidores? Um país com censura prévia, perseguição às liberdades individuais e MORTES pelo Estado? É irresponsável, leviano! Essa família no poder é um erro grave na História do país.
; Jandira Feghali (@jandira_feghali)
Líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS) disse que uma reedição de algo como o AI-5 "levará à prisão o seu autor". Também pelo Twitter, a deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) disse que o seu partido vai "entrar com pedido de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara e também com uma denúncia contra ele no Supremo Tribunal Federal".
Diferentemente de 1968, uma tentativa de reeditar AI-5 agora levará à prisão o seu autor.
; Paulo Pimenta (@DeputadoFederal)
Apesar de todas as limitações e contradições, as instituições democráticas e a sociedade brasileira não vão aceitar que a Constituição seja rasgada.
Milicianos não terão sua ditadura.
O PSOL vai entrar com pedido de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara e também com uma denúncia contra ele no Supremo Tribunal Federal. O Brasil não vai aceitar a ditadura da milícia.
; Sâmia Bomfim (@samiabomfim)
Mesmo apoiadores da agenda de reformas do governo criticaram a fala de Eduardo Bolsonaro. "Declaração irresponsável! Precisamos respeitar a democracia e as instituições. Queremos ajudar na agenda econômica e nas reformas que o Brasil precisa! Essas declarações não ajudam o País", publicou Silvio Costa Filho (PR-PE).
... Estamos ajudando na agenda econômica e nas reformas que o Brasil precisa, para que ele possa voltar a crescer. Por isso, não podemos aceitar qualquer incitação a atitudes autoritárias. A minha geração não pode admitir uma declaração infeliz como essa.
; Silvio Costa Filho (@Silvio_CFilho)
Ex-líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP) compartilhou um tuíte de um usuário que levantava a expressão #CalaBocaEduardoBolsonaro.