Augusto Fernandes
postado em 30/10/2019 14:40
[FOTO1]O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) publicou, na tarde desta quarta-feira (30/10), um segundo vídeo com registros de ligações feitas em 14 de março do ano passado a partir da portaria do Condomínio Vivendas da Barra, onde o presidente Jair Bolsonaro tem duas casas. Naquele dia, a vereadora Marielle Franco (PSol) e o motorista Anderson Gomes foram assassinados, e, segundo uma das testemunhas ouvidas na investigação, um dos suspeitos do crime teria pedido para ir à casa 58, onde Jair Bolsonaro vivia à época.
No primeiro vídeo, Carlos mostrou que uma ligação feita às 17h13, anunciando a chegada de Élcio Queiroz, um dos suspeitos de participar do duplo assassinato, teria sido direcionada à casa 65, e não à casa 58, como disse a testemunha, segundo matéria do Jornal Nacional.
Neste novo vídeo, Carlos mostra o que seriam as duas ;nicas ligações feitas às casas 58 e 36, esta última sua residência. A ligação para a casa 58 teria ocorrido às 15h58. No áudio mostrado por Carlos, uma mulher atende o interfone e é informada sobre a chegada de um entregador de mercado. "Pode descer, tá?", diz a pessoa que atende.
Neste novo vídeo, Carlos mostra o que seriam as duas ;nicas ligações feitas às casas 58 e 36, esta última sua residência. A ligação para a casa 58 teria ocorrido às 15h58. No áudio mostrado por Carlos, uma mulher atende o interfone e é informada sobre a chegada de um entregador de mercado. "Pode descer, tá?", diz a pessoa que atende.
Na sequência, Carlos também reproduz o áudio de uma ligação feita à casa dele, de número 36, às 17h58. "Seu Carlos, é o Uber", avisa o porteiro. "Opa. Valeu. Obrigado", responde o filho do presidente. O vereador também mostra uma lista de ligações e diz que aquelas são as únicas feitas para as casas 36 e 58 naquele período.
A pedido da ! Não se preocupem, abutres, disponibilizo também o áudio da ligação feita no dia 14/03/2018 para a casa 58 e 36, tempos antes e depois da ligação que realmente importa, feita para a casa 65, às 17:13. O que dirão agora? íntegra:
%u2014 Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro)
Na terça-feira (29/10), o Jornal Nacional revelou que um porteiro do condomínio mencionou o presidente Bolsonaro em depoimento à polícia. De acordo com o relato do funcionário, Élcio Queiroz, um dos suspeitos de participar das mortes de Marielle e Anderson, chegou ao condomínio na tarde do crime e pediu para ir à casa 58, onde morava o presidente.
Porém, teria se dirigido à casa do ex-policial Ronnie Lessa, também acusado de cometer os homicídios e morador do condomínio. Segundo o depoimento, depois que Élcio se identificou na portaria, o porteiro teria ligado à casa 58 para confirmar se o visitante tinha autorização para entrar e que teria identificado o interlocutor como "seu Jair". Registros da Câmara dos Deputados, porém, indicam que Bolsonaro estava em Brasília naquele dia.
Porém, teria se dirigido à casa do ex-policial Ronnie Lessa, também acusado de cometer os homicídios e morador do condomínio. Segundo o depoimento, depois que Élcio se identificou na portaria, o porteiro teria ligado à casa 58 para confirmar se o visitante tinha autorização para entrar e que teria identificado o interlocutor como "seu Jair". Registros da Câmara dos Deputados, porém, indicam que Bolsonaro estava em Brasília naquele dia.
No segundo vídeo que postou nesta quarta-feira, Carlos Bolsonaro diz: "Espero que esteja tudo esclarecido quanto às ligações feitas nesse dia (14 de março de 2018) para que os maldosos não continuem com essa nova narrativa, agora, tentando descontextualizar toda a situação ocorrida por volta das 17h13".
Antes, o vereador havia publicado um vídeo com o conteúdo da ligação feita ao apartamento de número 65, que seria de propriedade de Ronnie Lessa. Na ligação, o porteiro comunica ao dono do imóvel a chegada do "senhor Élcio", e o morador do condomínio responde: "Tá, pode liberar aí".