[FOTO1]A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) atribuiu a divulgação na internet da imagem de seu rosto estampando uma nota de R$ 3 à ação do que chamou de "milícia digital".
Ela ainda insinuou que pode revelar segredos dos que a atacam, dizendo saber quem são (os que formam a milícia digital) e o que "eles fizeram no verão passado".
"Olha só mais um ;presentinho; da milícia digital para mim. Anota aí: NÃO TENHO MEDO DA MILÍCIA, NEM DE ROBÔS! Meus seguidores são DE VERDADE, orgânicos. E não se esqueçam que eu sei quem vocês são e o que fizeram no verão passado", escreveu no Twitter.
Mais cedo a imagem foi compartilhada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro(PSL-SP), junto a um texto repleto de críticas à deputada.
Oposição quer saber
A resposta de Hasselmann fez parte da oposição se manifestar cobrando que ela revele o que diz saber. Uma delas foi a deputada Samia Bonfim (PSol-SP), que escrveu no Twitter: "A deputada Joice não tem que ;contar; o que sabe. O termo correto é ;depor;. Está com raiva agora porque foi retirada da liderança, mas esteve até agora atuando com essas milícias virtuais bolsonaristas que afirma conhecer".
Crise interna
Na noite de quarta-feira, 16, teve início uma "batalha de listas" no PSL para definir quem seguirá como líder do partido na Câmara dos Deputados. O grupo alinhado a Bolsonaro tentou destituir o deputado Delegado Waldir do cargo ao colher uma lista com assinaturas a favor da condução de Eduardo Bolsonaro para a liderança do partido.A ala ligada a Luciano Bivar (PSL-PE), no entanto, respondeu com uma nova lista que pedia a permanência de Waldir no cargo, o que foi acatado pela Mesa Diretora da Câmara. O fato de Joice ter assinado a lista do grupo de Waldir irritou o presidente, que a tirou da liderança do governo.
Nesta sexta-feira, durante a convenção extraordinária do PSL, Hasselmann se queixou da pressão exercida pelo presidente Jair Bolsonaro e seus filhos. Na avaliação dela, ou o grupo estaria tentando tomar para si a legenda ou querem a liberação dos separatistas para seguirem para outro partido.
"Não se trata de Bivar ou Bolsonaro. Aqui não é essa a discussão. O presidente não deveria ter entrado na discussão. O presidente erra ao se meter em uma decisão partidária. Isso desmerece, enfraquece o presidente. Ele tem que ficar no PSL. Ele precisa do PSL e o PSL precisa dele. Na Câmara, eu quero ver qual o matemático que dará mais de 308 votos para o governo sem um PSL unido", disse Hasselmann.