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Deputado diz que Bolsonaro foi imparcial na discussão sobre liderança no PSL

Ameaçado de expulsão do PSL, o deputado federal Bibo Nunes (RS) saiu nesta quinta-feira, 17, em defesa do presidente Jair Bolsonaro e afirmou que ele teria tido uma atitude imparcial diante da composição do partido. Um áudio gravado nesta quarta-feira, 16, que veio a público mostra o presidente pedindo apoio a deputados do PSL para destituir o líder do partido na Câmara, delegado Waldir e substituí-lo por Eduardo Bolsonaro (SP). "O presidente não ligou para ninguém. Ele recebeu a ligação passada por outro." O deputado, que reuniu-se na manhã desta quinta com o secretário de governo, Luiz Eduardo Ramos Pereira, afirmou ainda que o presidente não queria o nome de Eduardo para a liderança. "Ele foi taxativo", disse o deputado sobre o presidente. "Ele é meu filho e não vai ser bom", teria dito o presidente, de acordo com Nunes. Ainda de acordo com o deputado, o nome de Eduardo foi aceito como uma opção temporária, para que o partido ganhasse tempo até dezembro. Diante desse cenário, completou Nunes, o presidente teria aceitado a opção. Nunes criticou o deputado que vazou a gravação do diálogo do presidente Bolsonaro. "A carreira dele está acabada". Para o deputado, as declarações contidas no áudio que mostram que o presidente opinava sobre substituição do deputado Waldir, são normais. "Conversando, o presidente é incisivo, é normal" disse, para mais tarde completar. "Ele é contundente, é o estilo dele." De acordo com o deputado, a permanência de Eduardo Bolsonaro na liderança teria como objetivo principal "apaziguar" os ânimos do partido. A indicação do deputado para a embaixada, ficaria para depois. Nunes está em rota de colisão com a presidência do PSL e é ameaçado de expulsão. "Essa briga começou há três meses. Perdi tudo", disse. "Só que promete me expulsar e não expulsa, porque não tem motivo. Mas se me expulsar é uma honra. Uma placa de ouro sair do PSL que é contra os princípios do Bolsonaro."