;Eu falei com alguns parlamentares. Me gravaram? Deram uma de jornalista? Eu converso com deputados. Eu não trato publicamente desse assunto. Converso individualmente. Se alguém grampeou o telefone... Primeiro, é uma desonestidade;, comentou o presidente, ao deixar o Palácio da Alvorada nesta manhã.
Em um dos áudios, . ;Ou a gente reage agora, numa boa, porque é uma medida legal. Precisa de lista pra... Eu nunca fui favorável a lista não, pra deixar bem claro. Sou favorável à eleição direta. Mas, no momento, você não tem outra alternativa, só tem a lista;, comentou o chefe do Palácio do Planalto na conversa.
Eduardo Bolsonaro na liderança
O vazamento dos áudios, na noite de quarta-feira (16/10), coincidiu com o protocolamento à Secretaria Geral da Mesa da Câmara de um requerimento do líder do governo na Casa, Major Vitor Hugo (PSL-GO), com a assinatura de 27 deputados para que Delegado Waldir fosse retirado da liderança do PSL. No seu lugar, assumiu Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República.
Eduardo até se manifestou após a decisão. ;Inicialmente, eu não queria ser líder, mas é o nome em que tem a maior convergência dentre os deputados e, dessa maneira, o meu compromisso aqui é ficar até dezembro, oportunidade em que, em princípio, nós teremos eleições no partido para escolher o líder a partir do ano que vem;, disse o deputado.
No entanto, também na quarta-feira, Delegado Waldir apresentou outro requerimento à Secretaria Geral da Mesa da Câmara, este com 32 assinaturas, pedindo a sua permanência no posto. A Casa ainda recebeu um terceiro documento, formalizado pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e firmado por 27 deputados, reafirmando a indicação de Eduardo para a liderança do PSL na Câmara
Pelas regras do parlamento, vale o último requerimento protocolado. No entanto, o martelo será batido apenas após conferência de assinaturas: as firmas de apoio da maioria da bancada terão de ser confirmadas pela Câmara.