Questionado se esse país seria a Venezuela, o presidente disse que o assunto é "reservado". "Eu não posso acusar um país. Vai que não é aquele país. Eu não posso criar um problema com outro país. É reservado", repetiu. Sobre o volume de óleo, Bolsonaro disse que não está sendo constante. "Se fosse de um navio, estaria saindo. Parece que, criminosamente, algo foi despejado lá", disse.
"É um trabalho intenso que está sendo feito desde o começo de setembro. Esse fluxo de óleo foi para a costa, a maré trouxe de volta para o mar. Depois voltou para a costa novamente, trouxe de costa e tocou na costa novamente. Nosso papel é agir rápido, como tem sido feito, para tirar aquilo que está em solo, mas também, aprofundar a investigação para descobrir a origem. Isso está sendo feito sobre as ordens do presidente para a gente responder tecnicamente", completou o ministro do meio Ambiente, Ricardo Salles.
Tortura no Pará
Bolsonaro volta a falar em seguida. "Uma coisa importante que a densidade é um pouquinho maior que a da água salgada. Então, não fica na superfície. Ele está submerso", afirma. Na sequência, um repórter questiona o presidente sobre as acusações de tortura pela Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária no Pará, sob investigação do Ministério Público Federal, revelada pelo jornal O Globo.
O presidente se recusa a responder e segue em direção ao carro, mas para em seguida, diz que não é pastor, mas precisa dizer uma coisa e estende a mão como se fizesse uma oração. "Meu Deus, salve, lave a cabeça dessa imprensa fétida que nós temos. Lave a cabeça deles. Que bote coisas boas dentro da cabeça. Que possa perguntar e ajudar com sua matéria para salvar o nosso Brasil. Eles não viam problemas em governos anteriores. Vocês são importantíssimos para salvar o Brasil", afirma.
Enquanto Bolsonaro fala, é possível ouvir pessoas gritando amém. Na sequência, o repórter insiste. Questiona se o presidente não acharia a apuração importante. Mas é abafado por aplausos e gritos de "mito".