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Bolsonaro confia no ministro do Turismo, diz porta-voz

Sobre a reforma administrativa, Rêgo Barros, afirmou que o presidente não tem a intenção de mudar a situação dos atuais funcionários públicos em relação a estabilidade no cargo, mas que valeria para futuros servidores, com aval do Congresso

O porta-voz da República, Otávio Rêgo Barros, disse na noite desta segunda-feira (07), que o presidente Jair Bolsonaro confia no ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, investigado pela Polícia Federal por suspeita de irregularidade na campanha eleitoral do ano passado. ;Não há, por parte do presidente, indício de substituir o ministro. Ele se mantém no cargo e detém a confiança do presidente Bolsonaro;, apontou.

Sobre a reforma administrativa, Rêgo Barros, afirmou que o presidente não tem a intenção de mudar a situação dos atuais funcionários públicos em relação a estabilidade no cargo, mas que valeria para futuros servidores, com aval do Congresso. ;O futuro ainda está sob estudo de vários organizações e ministérios e o presidente ainda não tem posição definida. O presidente não cogita que os atuais funcionários tenham sua situação legal modificada. Aqueles que venham a adentrar no serviço público futuramente, ainda está sob análise das equipes e a partir daí, o presidente tomará as decisões, em consórcio com o Congresso, que deve tomar a decisão final;, destacou.

A respeito do Sínodo para a Amazônia, que ocorre no Vaticano reunindo 250 bispos de todo o mundo e que trata, além da evangelização na região e discussões sobre ordenação de casados e ampliação da participação feminina, de temas ligados à proteção de povos indígenas e ao meio ambiente, o porta-voz disse que a soberania do Brasil sobre a Amazônia é inquestionável. ;Não podemos admitir e não admitiremos qualquer ilação com relação a eventual ingerência da região amazônica. Quanto ao Sínodo, o presidente vem reportando que é preciso entendê-lo como uma atividade específica conduzida pela Santa Sé. Eventualmente, Ong;s e outras organizações possam compartilhar isso, mas aqui no Brasil temos estudos, domínio sobre áreas e ministérios debruçados com capacidade para responder à sociedade qualquer que sejam as dúvidas em relação à Amazônia brasileira".

O encerramento da reunião está previsto para 27 de outubro e foram convidados, ainda, cientistas e ambientalistas para aconselhamentos na reunião.

No fim de agosto, Bolsonaro reconheceu que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorava os preparativos do sínodo. Ele afirmou que a assembleia de bispos católicos "tem muita influência política" e que a agência monitora todos os grandes grupos. O encontro preocupa o Palácio do Planalto, que apontou por mais de uma vez que a cúpula convocada pelo líder religioso argentino é considerada uma forma de "interferência" estrangeira nas questões que afetam a "soberania brasileira".

Por fim, o porta-voz disse ainda que o governo estuda uma redução de impostos para painéis de energia solar, por se tratar de uma energia limpa, mas não deu maiores detalhes sobre como funcionaria o programa.