Em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo na quinta-feira passada, o ex-procurador-geral afirmou que, no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, chegou a ir armado para uma sessão do Supremo com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes. "Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar", afirmou Janot.
O convite foi apresentado pelo deputado Delegado Pablo (PSL-AM), que também pretende discutir as declarações do ex-procurador-geral sobre sua atuação na Operação Lava Jato, feitas livro Nada Menos que Tudo.
"A intenção é trazer luz ao tema que ele falou a toda a mídia, que durante a Lava Jato foi, por várias autoridades da República daquele tempo, atrapalhado, obstaculizado, colocado contra a parede para que investigações não andassem. Todas aqui sabem que a Lava Jato é um patrimônio do Brasil. Essas pessoas que de alguma forma tentaram fazer o trabalho da Polícia Federal e Ministério Público não caminhar tem que prestar contas à Justiça", disse Delegado Pablo.
Na última sexta-feira (27/9),. A ordem judicial foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que atendeu a pedido feito por Gilmar para suspender o porte de armas do ex-PGR e impedi-lo de entrar nas dependências do Supremo.
No requerimento, Pablo também convida o ex-chefe de gabinete da PGR Eduardo Pelella e o ex-ministro da Justiça do governo Dilma José Eduardo Cardozo.