Em ofício enviado à Justiça, nesta sexta-feira (27/9), procuradores da força-tarefa da Lava-Jato no Paraná pedem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha a progressão de regime para o semiaberto. Nesta modalidade, Lula poderia deixar o local da prisão durante o dia e voltar a noite, para dormir. No entanto, devido as particularidades da logística exigida para garantir a segurança do petista, a intenção é que ele seja mantido em prisão domiciliar. O pedido será apreciado pela juíza da Vara de Execuções Penais do Paraná, Carolina Lebbos.
Na peça em que pedem que o benefício seja concedido a Lula, os procuradores alegam que o petista tem bom comportamento e já cumpriu um sexto da pena, e por isso faz jus a mudança no regime. O documento é assinado por Deltan Dallagnol, Roberto Pozzobon, Laura Tessler, entre outros 13 integrantes do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR).
Mesmo tendo direito a mudança no cumprimento da pena, Lula já informou aos advogados que não quer solicitar o benefício. Ele alega que só deixa a prisão inocentado e se diz alvo de perseguição judicial e política. Na próxima semana, os defensores vão conversar novamente com o ex-presidente.
Lula está preso em regime fechado desde o dia 7 de abril de 2018 para cumprir a pena de 8 anos e 10 meses no caso triplex, imposta pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).