Jornal Correio Braziliense

Politica

Discurso para eleitor


O presidente Jair Bolsonaro admitiu ter feito o discurso da última terça-feira, na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no tom e com as palavras escolhidas para ;olhar para a cara; do eleitorado. Em conversa com apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, ele disse que o pronunciamento foi um marco na história do país, e rechaçou ter sido ofensivo com o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

A intenção na ONU era fazer um ;discurso patriótico, diferente dos presidentes; que o antecederam. ;Não fui lá para ser aplaudido. Mostramos os problemas do Brasil e tinha gente demonstrando que a ONU foi criada no passado contra o vício do colonialismo. E um país, que não citei o nome, quer voltar com isso;, criticou, em referência a Macron, que sugeriu a internacionalização da Amazônia.

Bolsonaro fez afagos ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a ;outros presidentes; que, no G7, defenderam o Brasil. ;Tive dois encontros rápidos com o Trump, gosto muito dele, é um grande parceiro para nós;, destacou. O presidente ainda criticou a imprensa e disse que não foi para a ONU falar ;abobrinha, enxugar gelo e passar pano;. ;Não fui ofensivo com ninguém. Seria muito mais cômodo eu falar um discurso para ser aplaudido, mas não teria coragem para olhar para a cara de vocês (apoiadores) aqui depois;, comentou. (RC)