O presidente Jair Bolsonaro admitiu ter feito o discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) no tom e com as palavras escolhidas para ;olhar para a cara; do eleitorado. Em conversa com apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira (26/9), ele defendeu o pronunciamento, dizendo ter sido um marco para a história do país, e rechaçou ter sido ofensivo ou ofendido o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
A intenção na ONU era fazer um ;discurso patriótico, diferente dos presidentes; que o antecederam. ;Não fui lá para ser aplaudido. Mostramos os problemas do Brasil e tinha gente demonstrando que a ONU foi criada no passado contra o vício do colonialismo. E um país, que não citei o nome do país, quer voltar com isso;, criticou, em referência a Macron, que sugeriu a internacionalização da Amazônia.
O capitão reformado fez afagos ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a ;outros presidentes; que, no G7, defenderam o Brasil. ;Tive dois encontros rápidos com o Trump, gosto muito dele, é um grande parceiro para nós;, destacou. Bolsonaro criticou a imprensa e disse que não foi para a ONU falar ;abobrinha, enxugar gelo e passar pano;. ;Não fui ofensivo com ninguém. Seria muito mais cômodo eu falar um discurso para ser aplaudido, mas não teria coragem para olhar para a cara de vocês (apoiadores) aqui depois;, comentou.
Ao comentar sobre o discurso, Bolsonaro celebrou ter sido mantido sob sigilo até o último momento. ;Eu acho que foi um marco na ONU nosso posicionamento. Muita coisa ali ninguém estava sabendo o que ia acontecer, sinal de que a equipe está unida. Certas coisas têm que ser ditas na hora certa, não correr para a mídia;, comentou. Nesse momento, após críticas da imprensa, que, segundo ele, tentou ;desgastar, esculachar e ofender;, frisou não ter ofendido ninguém. ;Me apontem quem eu ofendi (na ONU).