Aras comentou ainda que todas as autoridades devem respeitar a Constituição, inclusive o cargo mais elevado do Executivo. "O presidente da República pode muito. Mas nao pode tudo. Temos que ser escravos da lei para não sermos escravos dos homens", disse.
Ao ser questionados sobre a Lava-Jato, Augusto Aras declarou que a operação deve ser expandida, mas com correções. "O que precisamos é pegar todas essas experiências e usar como base do Ministério Público. Temos que julgar a Lava-Jato pelos resultados. Mas sabemos que homens públicos são julgados pelos meios. 280 dias de prisão preventiva não é razoável", completou.
Sobre o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava-Jato no Ministério Público do Paraná, acusado de violar regras processuais para obter a condenação de réus, o subprocurador afirmou que faltou pessoas experientes na equipe. "O que estamos tratando aqui é de tirar as boas experiências. Mas também não vamos perseguir o colega por excessos. Se errou, que pague no devido processo, preservando o direito de defesa", completou.
Ele foi cobrado pela assinatura de uma carta em que integrantes do Ministério Público defendem a "cura gay". Ao responder, Aras disse que assinou sem ler e que todas as pessoas são iguais.