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Politica

PSL adia decisão sobre liderança

A discussão sobre mudança na liderança do PSL na Câmara ficará para o fim do ano. Depois de parlamentares insatisfeitos com o líder do partido, Delegado Waldir (GO), terem levantado uma lista com 30 nomes para pleitear nova eleição na sigla, foi decidido que, para evitar um desgaste maior, a eleição ficará para as vésperas do próximo recesso parlamentar, em 22 de dezembro. O mais cotado a assumir o posto é o primeiro vice-líder, Felício Laterça (RJ).

O adiamento da votação foi decidido em reunião, na terça-feira, que começou à tarde e se estendeu até o início da noite. Para a ala do partido ligada a Delegado Waldir, foi uma vitória. O grupo alinhado a Laterça, maioria na legenda atualmente, desdenha e atribui o movimento a promessas de cargos da liderança e a participações em comissões, além das votações nominais que dispersaram deputados, ao obrigá-los a comparecer ao plenário.

Da boca para fora, deputados do PSL dizem que a bancada chegou a um acordo para fortalecer o partido e procurar uma união pelo menos até o fim do ano. Mas, nos dois lados, o sentimento é de que isso é impossível. O grupo favorável a Delegado Waldir não acredita ser possível haver fortalecimento com a ameaça de mudança, e vice-versa. O clima ainda é de desconfiança e incertezas.

O governo, no entanto, torce para que, pelo menos, o sentimento de união seja transmitido na Câmara. A articulação política pondera que o sucesso da construção de uma base aliada passa pela boa imagem do PSL no Parlamento. Historicamente, o partido do presidente da República costuma agregar forças quando unido. Algo que o Palácio do Planalto almeja.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), vêm trabalhando juntos. Desde a semana passada, o parlamentar agendou uma série de reuniões com partidos políticos.

Ramos havia se reunido, na segunda-feira, com as bancadas do Podemos e do Patriotas e, na terça, com a do PSL. Ontem, teve um almoço com o PSDB. À tarde, os dois se reuniram com líderes partidários de DEM, PL, Republicanos e PTB. ;Quero conversar, dizer qual o procedimento que espero em termos do meu trabalho. Dizer qual a expectativa de contar, não digo nem com o apoio, mas com a compreensão nas pautas necessárias para o bem do Brasil;, disse Ramos ao Correio.