[SAIBAMAIS]A fala endossou o que o presidente Jair Bolsonaro havia escrito mais cedo por meio do Twitter, respondendo a afirmação, de Bachelet, que criticou o ímpeto nacionalista do presidente resultante da crise dos incêndios na Amazônia, alertando que há uma "redução no espaço democrático" no Brasil.
Bolsonaro afirmou que Bachelet está "seguindo a linha" do presidente francês, Emmanuel Macron, ao "se intrometer nos assuntos internos e da soberania brasileira". O chefe do executivo ainda fez elogios a Augusto Pinochet, que comandou a ditadura chilena, regime sob o qual o pai de Michelle Bachelet foi preso, torturado e morto.
"(Bachelet) diz que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai, brigadeiro à época", afirmou Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada. "Quando tem gente que não tem o que fazer, vai lá para a cadeira de Direitos Humanos da ONU", acrescentou.
Teto de Gastos
Rêgo Barros afirmou ainda que Bolsonaro sinalizou que deve apoiar a revisão do teto dos gastos públicos e que a medida está em estudo.
;A lei do Teto de Gastos foi aprovada pelo Congresso em 2016, limitando o crescimento das despesas ao índice da inflação do ano anterior. O presidente defende a mudança, pois se isso não for feito, nos próximos anos a tendência é o governo ficar sem recursos para pagar despesas da máquina pública. O governo não exigirá mais impostos para conseguir equilibrar as contas públicas. Então, é preciso mudar a dinâmica dessas despesas obrigatórias. Se isso não for feito, a partir de 2021, o teto dos gastos será um problema, pois a dinâmica faz com que cada vez mais falte espaço para investir. A equipe econômica anda a estudar a melhor forma de solucionar esse problema em consórcio com congressistas;, concluiu.