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Bolsonaro desdenha de pesquisa que aponta rejeição de Eduardo à embaixada

De acordo com o Datafolha, apenas 23% dos brasileiros consideram acertada a decisão de Bolsonaro em indicar o próprio filho à embaixada

O presidente Jair Bolsonaro desdenhou da recente pesquisa Datafolha divulgada, nesta quarta-feira (4/9), que aponta uma reprovação de 70% dos brasileiros à indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à embaixada brasileira nos Estados Unidos, em Washington. Irônico, disse que, pelo instituto, ele não teria sido eleito presidente, e chamou a empresa de ;Datafake;.

De acordo com a pesquisa, apenas 23% consideram acertada a decisão de Bolsonaro em indicar o próprio filho à embaixada. ;Datafolha? Pelo Datafolha eu não sou presidente. Ou sou eu que acredito mais em mula sem cabeça, saci pererê e papai noel do que o Datafolha? Olha, não tem mais graça em falar de Datafolha. Datafolha não, ;Datafake;;, respondeu.

A primeira vez em que Bolsonaro confirmou o desejo em indicar Eduardo à embaixada foi em julho. No início de agosto, os Estados Unidos concederam o chamado agrément, espécie de autorização diplomática que, na prática, deu aval para que o governo iniciasse o processo constitucional.

Para que Eduardo seja o embaixador, Bolsonaro precisa assinar uma mensagem, instrumento que é encaminhado ao Senado, casa responsável por chancelar a escolha do presidente da República. O indicado é sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) da Casa e, depois, pelo Plenário. Havendo a aprovação da maioria, o nome sugerido ocupa a embaixada.