Rodolfo Costa
postado em 02/09/2019 10:46
O presidente Jair Bolsonaro desdenhou da última pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (2/9), que aponta o aumento da reprovação do governo, de 33% para 38%, e a piora da aprovação, de 33% para 29%. O levantamento vai em linha com outros estudos divulgados, que, também, apontam para a desaprovação da atual gestão. O chefe do Executivo federal, no entanto, fez pouco caso, e defendeu seu mandato em publicações nas redes sociais.
Na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro foi prontamente questionado sobre a pesquisa, e, de bate-pronto, desdenhou ao ser questionado ao que atribui o aumento da reprovação. "Ao Datafolha, alguém acredita no Datafolha? Você (repórter que fez a pergunta) acredita em papai noel? Outra pergunta aí", respondeu.
Novamente interpelado, ao ser relembrado que, em outra ocasião, ele admitiu que uma pesquisa da Datafolha sobre rejeição de garimpo em terras indígenas poderia estar correta, o presidente sugeriu que, em algumas situações, é possível os levantamentos feitos pela empresa estarem corretos. "De vez em quando, quando a pesquisa não é política, há uma tendência de fazer a coisa certa", justificou.
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Pelas redes sociais, no entanto, Bolsonaro se defendeu. Sem fazer menção à pesquisa, o presidente fez uma defesa do governo no Twitter. "Pegamos o Brasil destruído e, aos poucos, vamos ressurgindo. Após a MP do pente-fino, o TCU (Tribunal de Contas da União) apontou fraudes em benefícios na casa dos R$ 2,25 bilhões. A aplicação gradual para quem realmente precisa vem junto, como o 13; (salário) para o Bolsa-família, somente com combate destas irregularidades", ponderou.
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O Brasil, emendou Bolsonaro em outra publicação, "supera expectativas no enxugamento da máquina pública e na confiança do investidor". "Criar ambiente favorável, minimizar os rombos deixados por governos anteriores e desenvolver ainda mais é a realidade, entretanto requer paciência. O estrago deixado foi catastrófico", argumentou.
Turismo
Em outro tuíte, ele informou que a taxa de emprego no turismo cresceu 5,8% de maio a julho este ano. ;(O) número acompanha crescimento que acontece desde abril no segmento ;estadia e alimentação;;, destacou. À imprensa, ele comentou o indicador, atribuindo como um resultado do trabalho desempenhado pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e ao presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Gilson Machado.
Os dois, ponderou o presidente, ;têm rodado o Brasil todo fazendo contatos com agências internacionais;. ;Estamos fazendo campanha lá fora gastando 10 vezes menos que se gastava anteriormente. Estamos abrindo espaço para empresas outras virem ao Brasil. Acertamos, agora, já está em vigor, voos que já vinham lá de Madrid para Lima, agora, param em Manaus;, sustentou.
[SAIBAMAIS]O presidente associou as novidades no setor aeroportuário à sanção, com vetos, da Medida Provisória (MP) que possibilita a abertura de 100% do capital de empresas aéreas. Um dos trechos vetados foi o que permitiria o despache gratuito de bagagens. ;Aquelas empresas low cost, depois daquela sanção minha, né, acima de 10kg, paga passagem. Que eu apanhei, mas, por conta disso, tem empresas menores andando pelo Brasil;, analisou. ;Ainda este mês, sinalizou Bolsonaro, embarcações começarão a ser fundadas em Pernambuco e ;no Brasil todo;. ;Na rota de hotéis, para a gente manter uma taxa de ocupação maior;, declarou.
Lamento
O presidente lamentou, contudo, a morte de um turista chinês, no Rio de Janeiro, na última terça-feira (27/8). Ressaltou, contudo, que uma legislação mais rígida poderia atenuar os homicídios. ;Se tivesse pena mais rígida, esses vagabundos não cometeriam esse tipo de crime contra ninguém. É isso que está acontecendo, a volta da confiança no Brasil, que não tinha;, ponderou Apesar do lamento, Bolsonaro celebrou estar há sete meses sem ;problemas de corrupção;. ;É obrigação minha, não é mérito, é obrigação. Se pintar uma corrupção, a gente vai pra cima de quem, por ventura, cometeu esse tipo de crime. Vai por aí;, sustentou.