O presidente Jair Bolsonaro disse ter recebido notícias de que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tem feito nomeações para cargos no órgão a partir de outubro, quando termina o mandato da procuradora. O presidente demonstrou incômodo com isso e disse que o fato pode pesar em sua decisão sobre reconduzir ou não Raquel ao cargo.
"Supondo que ela não seja reconduzida, vão chegar o novo PGR num ministério montado, com mandato. Não sei se é legal ou não isso, mas não posso ter um PGR que chega lá e não pode mexer em nada", afirmou.
Ele disse que tem "carinho, consideração e estima" por Raquel, mas disse esperar que as notícias sobre as nomeações "não sejam verdade". "Que vai ter algum peso na decisão sobre o novo PGR vai, não tem a menor dúvida. Quero um PGR com a bandeira do Brasil em uma mão e a Constituição em outra, não é nada para mim, é para o Brasil", afirmou.
Ele voltou a dizer que não quer um "xiita ambiental" na PGR e disse que também não deseja alguém que "interfira no corte de cabelo de aluno de colégio militar".