A PEC paralela foi uma saída encontrada para acelerar a aprovação da reforma da Previdência e garantir a aplicação das alterações feitas no texto durante a tramitação no Senado. Entre as quais está a inclusão dos estados e municípios, que terá de ser chancelada por deputados estaduais e vereadores por meio de lei complementar em cada uma das entidades da Federação. Relator da nova Previdência no Senado, Jereissati deve reunir as alterações na proposta paralela. Nesta quinta-feira (29/8), parlamentares comentavam na Casa que não haveria nenhuma possibilidade de o texto tramitar na Câmara.
Jereissati, porém, saiu da reunião garantindo que a PEC paralela vai avançar com prioridade. ;Definimos o que já estava conversado do acordo entre o presidente Davi Alcolumbre e o presidente Rodrigo Maia, de que a PEC paralela será prioridade absoluta na Câmara;, frisou. ;Maia assume o compromisso de votar o quanto antes.;
Sobre a tramitação do texto paralelo no Senado, Jereissati falou da possibilidade de a primeira votação ocorrer em 4 de outubro. A matéria ficará pronta no ato da aprovação da reforma da Previdência e será encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça da Casa.
Após o encontro, Maia disse que combinou a reunião com o presidente do Senado ;para deixar claro que a Câmara aguarda o retorno da parte da PEC que não conseguimos introduzir;. ;Acredito que a forma como o Senador colocou a questão dos estados e municípios facilita nossa vida. Eles terão de, por lei ordinária, aprovar nas suas assembleias, o que vai mostrar um engajamento de forma transparente dos governos e de seus deputados;, disse.
A reunião teve o objetivo de estabelecer relação de harmonia entre as duas Casas pela PEC, de acordo com Alcolumbre. ;O Senado está fazendo sua parte, cumprindo o seu papel. O senador Tasso fez várias alterações, inclusive supressão no texto que não atrapalha a promulgação do eixo principal da reforma, mas fez e fará alterações na PEC paralela;, garantiu.