"Ontem, entreguei, voluntariamente, meu celular para a PF. Eu já havia entregue os prints de todas as conversas. Ontem, entreguei as informações do telefone para que fique comprovado a veracidade das informações que prestei voluntariamente em meu depoimento. Por que ninguém mais entregou o telefone?", escreveu em sua conta no Twitter.
D;Ávila foi citada por Walter Delgatti Neto, um dos acusados de hackear os telefones, como a pessoa que lhe forneceu o contato do jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept. Greenwald é o responsável pela divulgação de diálogos atribuídos a procuradores da Lava-Jato e ao ministro da Justiça, Sergio Moro, e que resultaramnoescândalo conhecido como Vaza Jato
No dia 26 de julho, a ex-deputada emitiu uma nota na qual confirmava ter repassado o telefone de Greenwald a uma pessoa que a procurou querendo divulgar material "para o bem do país". Ela, no entanto, disse desconhecer a identidade da pessoa e que o contato foi iniciado após o celular dela ter sido invadido (leia a íntegra da nota abaixo).
No dia 26 de julho, a ex-deputada emitiu uma nota na qual confirmava ter repassado o telefone de Greenwald a uma pessoa que a procurou querendo divulgar material "para o bem do país". Ela, no entanto, disse desconhecer a identidade da pessoa e que o contato foi iniciado após o celular dela ter sido invadido (leia a íntegra da nota abaixo).
D;Ávila foi convocada, duas semanas atrás, a prestar esclarecimentos sobre o assunto pela Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, após requerimento apresentado por Capitão Augusto (PL-SP).
Leia a íntegra da nota divulgada por Manuela D;Ávila:
"Tomando ciência, pela imprensa, de alusões feitas ao meu nome na investigação de fatos divulgados pelo ;The Intercept Brasil;, e por me encontrar no exterior em atividades programadas desde o início do corrente ano, esclareço que:
1. No dia 12 de maio, fui comunicada pelo aplicativo Telegram de que, naquele mesmo dia, meu dispositivo havia sido invadido no Estado da Virginia, Estados Unidos. Minutos depois, pelo mesmo aplicativo, recebi mensagem de pessoa que, inicialmente, se identificou como alguém inserido na minha lista de contatos para, a seguir, afirmar que não era quem eu supunha que fosse, mas que era alguém que tinha obtido provas de graves atos ilícitos praticados por autoridades brasileiras. Sem se identificar, mas dizendo morar no exterior, afirmou que queria divulgar o material por ele coletado para o bem do país, sem falar ou insinuar que pretendia receber pagamento ou vantagem de qualquer natureza.
2. Pela invasão do meu celular e pelas mensagens enviadas, imaginei que se tratasse de alguma armadilha montada por meus adversários políticos. Por isso, apesar de ser jornalista e por estar apta a produzir matérias com sigilo de fonte, repassei ao invasor do meu celular o contato do reconhecido e renomado jornalista investigativo Glenn Greenwald.
3. Desconheço, portanto, a identidade de quem invadiu meu celular, e desde já, me coloco a inteira disposição para auxiliar no esclarecimento dos fatos em apuração. Estou, por isso, orientando os meus advogados a procederem a imediata entrega das cópias das mensagens que recebi pelo aplicativo Telegram à Polícia Federal, bem como a formalmente informarem, a quem de direito, que estou à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o ocorrido e para apresentar meu aparelho celular à exame pericial."