Macron havia acusado o Brasil de não cumprir acordos ambientais internacionais e chegou a se posicionar contrário à parceria comercial entre o Mercosul e a União Europeia.
Durante a reunião de cúpula do G7, que ocorreu na França no último fim de semana, o tema das queimadas na floresta foi incluído na pauta pelo mandatário francês. Os líderes das sete nações cordaram em ajudar os países da região amazônica a combater o problema.
;Só que o bom-senso prevaleceu e, ontem, na reunião do G7, nós tivemos apoio de sete países dizendo que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa;, comentou a ministra sobre o resultado do encontro.
Interesses comerciais
Para Tereza Cristina, alguns países têm atacado o Brasil por sentirem seus inetresse comerciais ameaçados. ;As relações comerciais com a Europa depois da assinatura desse acordo Mercosul-União Europeia deixaram, com certeza,. alguns países preocupados pela pujança do nosso agronegócio, pelo mercado que nós podemos tirar;, afirmou.
De acordo com a ministra, Irlanda e França estão entre os países mais preocupados com a entrada dos produtos agropecuários brasileiros na Europa. ;Principalmente, a Irlanda, a gente sentiu nas negociações a preocupação com as carnes, e a França, que não é de hoje que os produtores rurais vem se insurgindo contra os produtos brasileiros, querendo denegrir a imagem dos nossos produtos;, acrescentou.
Para Tereza Cristina, a produção feita na Amazônia, em sua maioria, tem certificados de origem e não está conectada ao aumento das queimadas. ;Não existe nenhuma relação entre um problema que acontece na Amazônia todos os anos [com os produtos brasileiros] , o exagero que foi colocado no problema. Ele existe, o Brasil sabe disso, tem preocupação com as queimadas que acontecem todos os anos;, ressaltou.
O envio de recursos dos países mais desenvolvidos economicamente é bem-vindo, na avaliação da ministra, desde que não haja interferência nos assuntos internos. ;Se querem preservar a Amazônia tem que colocar mais dinheiro aqui para ajudar nessa preservação. Mas não interferir na soberania do nosso país."