Sob forte pressão internacional por conta das queimadas locais e declarações ambientais polêmicas, o presidente aproveitou para dizer que os incêndios são comuns em qualquer lugar do mundo e que não devem servir de protesto para possíveis sanções presidenciais.
Isso porque o governo da Finlândia, que atualmente detém a presidência rotativa da União Europeia, pediu nesta sexta-feira, 23, que os países do bloco avaliem a possibilidade de banir a importação de carne bovina do Brasil por causa da devastação causada pelas queimadas na Amazônia.
O presidente francês, Emmanuel Macron, por sua vez, acusou Bolsonaro de mentir sobre seus compromissos com o meio ambiente, durante o G20 e anunciou, que o país vai se opor ao tratado de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.
;O Brasil é exemplo de sustentabilidade, conserva mais de 60% de sua vegetação nativa. possui uma lei ambiental moderna e um código florestal que deveria servir de modelo para o mundo. Por outro lado, tem países que ainda não conseguiram avançar com seus compromissos no âmbito do acordo de Paris. Seguimos, portanto, aberto ao diálogo, respeito, e cientes de nossa soberania. outros países se solidarizaram com o Brasil, ofereceram meios para combater as queimadas, bem como se prontificaram a levar o brasil ao G7. Isso não pode servir de protesto para possíveis sanções presidenciais. O Brasil continuará sendo, como sempre foi, um país amigo de todos.;, disse Bolsonaro.
Em um outro trecho do discurso, o presidente ressaltou a importância da Amazônia. ;Nossas riquezas são incalculáveis, tanto em matéria de biodiversidade, como em recursos minerais. Tenho profundo amor e respeito pela Amazônia. A proteção da floresta é nosso dever. Estamos cientes disso e atuando para combater atividades criminosas que coloquem nossa região em risco;, apontou.
Bolsonaro disse ainda que ofereceu ajuda aos estados da Amazônia Legal no combate aos incêndios. "Com relação aqueles que aceitarem, autorizarei o uso da GLO, o emprego ostensivo de pessoal e equipamentos das Forças Armadas, auxiliares e outras agências permitirão não apenas combater as atividades ilegais, como, também, conter o avanço de incêndios na região".
E continuou: ;Mesmo que as queimadas deste ano não estejam fora da média dos últimos 15 anos, não estamos satisfeitos com o que estamos vendo. Vamos atuar fortemente para conter", prometeu.
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