A sugestão do IMF está dentro da reforma tributária proposta pelo governo, ainda não apresentada pela equipe econômica. Na quarta-feira (20/8), Guedes defendeu que, se o tributo for ;pequenininho; e ;baixinho;, não ;distorce tanto;, ;não machuca;. Desde quando o imposto começou a ser defendido publicamente pelo auxiliar, Bolsonaro se mostrou contrário. Agora, dá novos sinais.
;Vou ouvir a opinião dele (Guedes). Se desburocratizar muita coisa, diminuir esse cipoal de impostos, essa burocracia enorme, eu estou disposto a conversar. Não pretendo, falei que não pretendo recriar a CPMF;, declarou. Bolsonaro sugeriu que, no fim das contas, será ;a sociedade; que tomará a ;decisão a esse respeito;. ;Ele pode falar que vou botar 0,10% na CPMF e, em consequência, acabo com tais e tais impostos. Não sei. Por isso que eu evito falar com vocês (imprensa), (porque depois) vocês falam que eu recuo;, complementou.
O governo defende que a arrecadação com o IMF será utilizada para desonerar a folha de pagamento e, assim, fomentar a geração de empregos. Recursos que, atualmente, são gastos pelos empregadores com o recolhimento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) dos funcionários, poderiam ser reduzidos e revestidos em investimentos e contratação de pessoal. É o que defende a equipe econômica, em um processo que, no equilíbrio das contas, revê parte das isenções fiscais.