"O Ministério da Justiça propôs nove vetos, mas eu contestei a maioria e deixei apenas o artigo que trata do uso de algemas. Esse deve ser o único artigo vetado pelo presidente. Mas, se ele apresentar outros vetos, todos serão derrubados", afirmou o parlamentar, observando ter concordado com o veto do artigo 17 pelo fato de estar em vigor a Súmula 11/2008 do Supremo Tribunal Federal (STF), que já prevê sanções disciplinares, civis e penais para o uso abusivo das algemas.
Barros disse que o Projeto de Lei 7.596/2017, antes de ser aprovado em votação simbólica, foi amplamente discutido com todos os setores interessados, como promotores, procuradores, magistrados e policiais.
"A grande maioria concorda com os pontos do projeto, apenas setores que se comportam como ativistas ideológicos estão fazendo todo esse alarde", disse o deputado, que também dirigiu críticas à força-tarefa da Operação Lava-Jato, a maior opositora ao PL do abuso de autoridade.
"Qualquer um que pense um pouco diferente é atacado pela Lava-Jato. Eu acho que os membros da força-tarefa precisam entender que a Lava-Jato não é uma instituição, ela faz parte de uma instituição", afirmou.
O presidente Bolsonaro tem reiteradamente manifestado a intenção de vetar o artigo 17, por considerar que o dispositivo inviabilizaria a atividade policial. Apesar de receber do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, sugestão para vetar nove dispositivos, o presidente só tem se referido à parte que trata do uso de algemas.