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Bolsonaro diz que Argentina está cada vez mais próxima da Venezuela

As mensagens fazem referência ao candidato kirchnerista, Alberto Fernández, que derrotou o atual presidente da Argentina, Maurício Macri, nas eleições primárias

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, neste domingo (18/8), um possível retorno do kirchnerismo ao poder na Argentina. Pelo Twitter, Bolsonaro disse que "com o possível retorno da turma do Foro de São Paulo na Argentina, agora o povo saca, em massa, seu dinheiro dos bancos. É a Argentina, pelo populismo, cada vez mais próxima da Venezuela".

Logo em seguida, o presidente citou o livro Provérbios. "Quem lavra sua terra terá comida com fartura, quem persegue fantasias se fartará de miséria".

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Após a publicação, um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também se manifestou a respeito do país vizinho. "Nós que estamos aqui de fora olhando o que está acontecendo com a Argentina nem acreditamos. Mas ainda creio que a Argentina não naufragará em outubro", escreveu no microblog. As eleições na Argentina estão previstas para ocorrer em 27 de outubro.

Troca de farpas

As duas mensagens fazem referência ao candidato kirchnerista, Alberto Fernández, que derrotou no último domingo (11/8) o atual presidente da Argentina, Maurício Macri, nas eleições primárias com mais de 15 pontos de vantagem. Fernández tem como companheira de chapa a ex-presidente Cristina Kirchner.

Desde então, Bolsonaro e Fernández t. Pouco depois de saber sobre a vitória do candidato da oposição argentina, o presidente brasileiro comentou que a volta de Kirchner ao poder colocaria a Argentina no "caminho da Venezuela". "Povo gaúcho, se essa ;esquerdalha; voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima", disse.

Como resposta, Fernández chamou o presidente brasileiro de racista, misógino e violento. "Com Bolsonaro, não tenho problema em ter problemas", rebateu Fernández em uma entrevista à televisão com os jornalistas argentinos María O;Donnell e Ernesto Tenembaum. "Com o Brasil, vamos nos relacionar muito bem. O Brasil sempre será nosso principal parceiro, Bolsonaro é uma conjuntura na vida do Brasil, assim como Macri é uma conjuntura na vida da Argentina", completou.

Neste sábado (17/8), Bolsonaro voltou a comentar as eleições. "Peçamos a Deus, neste momento, que a nossa querida Argentina, mais ao Sul, saiba como proceder, através do seu povo, para não retroceder. A liberdade não tem preço", disse. Na quinta-feira (15/8), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que uma política econômica menos liberal por parte do kirchnerismo ameaçaria o Mercosul. ;Se a Cristina Kirchner entrar e fechar a economia, a gente sai do Mercosul;, afirmou.

Após as declarações, Fernández voltou a criticar o governo brasileiro, e prometeu manter a economia da Argentina aberta. "Para mim, o Mercosul é um lugar central. E o Brasil é nosso principal sócio e vai continuar sendo. Se Bolsonaro pensa que eu vou fechar a economia e que então o Brasil vai deixar o Mercosul, que fique tranquilo, porque não penso em fechar a economia. É uma discussão idiota", declarou ao "La Nación".