Na petição, Dodge explicou que o pedido de acesso é necessário para analisar possível federalização do caso, ou seja, o deslocamento de competência para julgar o crime passaria da Justiça estadual para a Justiça Federal. Desde novembro do ano passado, a procuradoria analisa suposta tentativa de obstrução das investigações, mas a Justiça do Rio negou o compartilhamento de informações.
De acordo com a procuradora, o pedido de federalização "só pode ser analisado diante de evidências que foram coligidas no inquérito instaurado para verificar se havia o desvio ou deficiência na investigação". Além disso, Raquel Dodge disse na manifestação enviada ao STJ que há suspeitas do envolvimento de uma pessoa com prorrogativa de foro no tribunal na suposta obstrução das investigações.
Respondem pelo homicídio da vereadora os ex-policiais Ronnie Lessa (reformado) e Élcio Queiroz (expulso da Polícia Militar). A vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados com vários tiros dentro do carro da parlamentar, no centro do Rio de Janeiro, em março de 2018.